segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lanheses, terra de Olivais.

Desde que cheguei a Lanheses e já lá vão uns anitos, cedo comecei a reparar que em vários quintais, na veiga, junto ás estradas até e um pouco por toda a parte, uma árvore domina a paisagem. A Oliveira (Olea europaea)!


Este texto, é mesmo sobre esse exemplar fantástico da flora deste planeta, muito abundante na nossa freguesia. A Oliveira!

A Oliveira é uma planta da familia das óleaceas (oleaceae), nativa das zonas do Mediterrâneo Oriental da antiga Pérsia, hoje Irão e zona Mesopotâmica, hoje Iraque. Caracterizadas por serem árvores de porte relativamente baixo e tronco atarracado, dando um fruto encaroçado revestido por uma polpa oleácea, a azeitona. O Homem no período Neolítico, aprendeu a extrair delas o azeite, advindo daí uma ainda maior importancia, para esta árvore.



São árvores caracterizadas pela sua longevidade, que atingem fácilmente os 1000 anos de vida e já na Antiguidade Clássica, Gregos e Romanos lhe atribuíam importância considerável. Alguns exemplares que se encontram na Palestina estão datados como tendo aproximadamente 2500 anos. Foram testemunhas de várias passagens Históricas que influenciaram até aos dias de hoje a nossa Cultura, percepção e crença Religiosa.

Aqui em Lanheses, muitas há que me chamam a atenção, quer pelo seu estado de conservação, pelo seu belo aspecto, por vezes pela maneira radical e errónea como nós as tratamos, algumas como ornamentação, erradamente em jardins particulares e podadas radicalmente; mas quatro delas há, que me fascinam. São quatro exemplares muito bem preservados na veiga, bem alinhadinhos, deixando a percepção que ali outrora existiu um Olival.



Por sua vez, dentro deste grupo de quatro uma há, que me chama a atenção por dois motivos; primeiro pela beleza da árvore em si, segundo por estar sobranceira ao caminho da veiga, qual soldado isolado a dominar a paisagem, realçando a importância que estas árvores têm para nós!


Outro aspecto há e muito me folgo em apreciá-lo, quando as gentes de Lanheses, atarefadas, ripam as Oliveiras e delas retiram o seu precioso fruto, a azeitona, tal como há milhares de anos atrás as populações antigas o faziam, para se servirem dessa riqueza natural, o azeite!

Prova mais que provada da importância que esta árvore tem para nós e espero, tenha por muitos e longos séculos!


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