domingo, 1 de maio de 2011

É indissociável, mais dois dias importantes num só!

Lá continua este ano de 2011, a pregarnos algumas partidas calendarísticas, tal como hoje dia 1 de Maio. 1º de Maio, Dia do Trabalhador e por coíncidência no nosso País, também Dia da Mãe pois, estamos no primeiro Domingo de Maio.

Hoje não é dia de muitas fotos, nem de alguns videos, mas sim dia de venerarmos Aquelas que nos puseram neste mundo tão incrivelmente doente, com amor nos criaram e muitas por nós a vida deram. Homenageêmos todas as Mães, então!

Indissociávelmente, hoje também é o dia de todos nós, TRABALHADORES, que continuamos a acreditar e a viver num Mundo tão doente, tão replecto de hipocrisia e ganância e onde como nunca a classe trabalhadora, é tão atacada nos seus direitos fundamentais, como nestes dias que vivemos!

Não podendo sózinho mudar o curso infeliz para onde este Planeta caminha, resta-me unicamente neste dia, para que a LUTA de ambos, TRABALHADORES e MÃES, não caia em esquecimento e mesmo desrespeito, homenageá-los com dois poemas, qual melhor modo de idolatrá-los, senão com a poesia!

E se o Homem pensasse um pouco mais poeticamente, ao contrário que económicamente, viveríamos tempos, certamente, de felícidade!

A todos os trabalhadores... 

O Trabalho

Trabalho sentindo o suor
por entre tanta gente,
deligente, almejado em turpor
que me confunde e não sente...
vou vendo, as horas a passar
os anos a correr...
a vida a desfilar...
precocemente a envelhecer!

O trabalho sabe a alho
nos confunde o paladar,
por vezes baralho
por vezes fadar
por vezes carvalho
trabalho a dobrar
nas cordas dos braços de um homem
que sempre a trabalhar
nem tão pouco juntou e, tem
aquilo...
que tantos, sabem roubar!

Trabalho...
com vontade
trabalho a dobrar
trabalho com serenidade
com ânsia de matar
a sede...
de um corpo
que de tanto trabalhar,
já velho,
já morto,
um cajado torto
um dia deixou
enfim, de trabalhar!

Do autor Sérgio Moreira.


A todas as Mães...

Mãe

A 3 de Março
no intimo do meu ermo,
sentirei de novo teu abraço
calmo, puro, doce e terno!
Sentirei de novo...
carne de onde nasci
alma de um povo
ternura vinda de ti!

Flôr em Setembro
vida em mim brotaste,
doce memória, me relembro
por minha vida lutaste.
O teu seio me saciou,
uma mão fina me acaricía
o teu útero me gerou
em mim geraste magia!

Seara que deu trigo
meu pensamento, meu olhar,
colmeia, meu abrigo,
jamais deixarei de te amar!
Porque me deste ao mundo
vida me fizeste conhecer,
porque és o meu Setembro
quando me vens enternecer!

A vida mudou...
seguiu seu curso natural
este teu filho se casou
mas contínua, como o original!
A teu lado
ao pé de ti...
neste fado
que vivi...
Te presto homenagem
minha doce alvorada...
minha esfinge, minha Mãe
minha eterna namorada!

Do autor Sérgio Moreira.

Feliz dia do Trabalhador e da Mãe!



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