quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Igreja de Lanheses.

Apesar da minha manifesta laicidade e falta de sentido de fé, não crendo em algo em que muito francamente, por variadíssimos motivos, sendo por ventura o principal, a razão cientifica e o outro, o cepticismo, um dos locais que em Lanheses mais me apraz frequentar e visitar regularmente, é precisamente o promontório da nossa aldeia onde está localizada a Igreja Paroquial, a Capela do Nosso Senhor do Cruzeiro e das Necessidades, juntamente com o edifício do Centro Paroquial e Social, secundados, quem olhando de frente para os atrás referidos, pela gigantesca estrutura da obra do novo Centro Social de Riba Lima.

Gosto de percorrer a área, fitar o granito do chão que contorna a estrutura e apreciar a singular beleza do conjunto arquitectónico, que se nos depara, frontal ao olhar.
Gosto de admirar a singularidade e imponência da Torre Sineira, qual farol que domina a paisagem, observar os Sinos, estáticos ou em movimento, lá nas alturas, consultar as horas no seu relógio e apreciar o fantástico trabalho em cantaria, quer da cúpula da referida torre, quer da fachada da também referida e não menos bela Capela.

Num destes dias de calor outonais que se fizeram sentir, embriagado pelas ideias, lá conduzi a J5 ao referido promontório e saquei umas quantas fotografias dos conjuntos.

E, apesar de nada me transmitir em termos espirituais (embora, possa por vezes, questionar-me sobre as matérias do espírito),  aprecio a beleza das formas e desfruto da calma e do silêncio, que fervilha no local.

É um local digno de ser registado neste blog. Quanto mais não seja por ser um dos importantes centros de decisão e condução de almas, aqui na nossa aldeia, que sinto e vejo, é, Terra de gente crente e extremamente praticante!





No interior daquelas paredes da Igreja me fiz Lanhesense, ao contrair matrimónio com uma cidadã, nascida e criada na terra! Entre as paredes do Cemitério me fiz Homem, ao enterrar entes, muito queridos, para mim!




Vários pormenores de elementos da Torre Sineira.


Um conjunto deveras harmonioso!



Mais pormenores do conjunto e da muito bem tratada Palmeira, que guarda o local em silêncio!






Sobranceira, sobre a paisagem, dominando esta, de mãos dadas com o novo Centro Social! Os idosos e crianças da nossa Terra bem o merecem! Quem sabe um dia, eu, se lá chegar daqui a uns muitos e longos anos (assim o espero), não serei um dos utentes de tão magistral e custosa empreitada?

Um local de culto e de fé mas que pode ser visitado a qualquer momento, por quem busca paz, ou até como eu, para simplesmente apreciar os seus predicados, que neste caso posso afirmar, são realmente muitos. Conheço variados mas, Lanheses tem um dos mais belos Adros Paroquiais, das cercanias! Crente, menos crente ou até nada crente, não importa, este é sem dúvida, um dos locais mais importantes e de maior relevo da vida da nossa freguesia!

Fica aqui registado para memória futura!


3 comentários:

  1. Caro Sérgio Moreira:
    Independentemente de ser ou não ser crente, partilho consigo a admiração que tem por este belo local. É um valioso património que temos e convida de facto à meditação. A beleza da capela do Senhor das Necessidades em conjunto com a igreja paroquial é um quadro duma beleza que nunca nos cansamos de admirar. Também já tenho ido até lá, em horas em que não está ninguem, só para em silêncio observar esse granito admirável.
    Granito que já viu passar gerações por ali. E ali vai continuar nas gerações seguintes.
    O seu texto, assim como as fotos estão lindissimas.
    Um abraço amigo
    Amaro Rocha

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  2. Obrigado meu caro amigo pelas suas simpáticas palavras. É de facto, um dos locais mais emblemáticos da nossa freguesia, onde muito me apraz ir várias vezes! O silêncio ali é Rei!

    Folgo em saber que continua comigo nesta aventura do blog mostrando o seu interesse, participando com comentários. É sempre muito bom tê-lo por cá!

    Abraço amigo

    Sérgio

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  3. Terra mais bela é Lanheses, local onde nasci, é acolhedora, pessoas muito unidas, Adoro essa terra, nasci numa casa no largo da feira em Fevereiro de 1961

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