sábado, 31 de dezembro de 2011

De regresso a casa...

Partir, antes de mais, significa deixar tudo para trás; tudo aquilo que nos é querido e seguir sedutoramente em direcção ao desconhecido. Mas, na minha óptica, partir serve fundamentalmente para valorizarmos o chegar, o regressar a casa e ao que é nosso, que na sua falta, sentimos e damos valor; é a tal palavra, saudade!

E é precisamente isto que sinto sempre que após uma viagem e já ao volante do meu automóvel, quando "dobro" a curva da A28 e inicio a descida em direcção à ponte da autoestrada de Viana sobre o Lima e emocionado até (desculpem lá, mas sou assim) vejo ao longe a Sr.ª do Minho e sei que lá em baixo está a minha terra, pequenina, embora grande para mim, Lanheses!

Havia muito que dizer sobre o sitio que escolhi para uma escapadela antes do final de ano, Praga, capital da República Checa, mas não o farei, pois além do mais estaria a deturpar o motivo pelo qual decidi criar este blogue; no entanto não posso deixar escapar um lamento, por sentir que me fará falta o colorido daquela maravilhosa cidade inserida na Boémia Central, que tanto me cativou; dos seus inúmeros Museus, dos concertos de música aqui e ali, das gentes pelas ruelas medievais em grande gozo e divertimento, das tasquinhas ao ar livre, do vinho fervido, do chocolate quente, dos seus milhentos monumentos e sobretudo; do seu inigualável romantismo! Quem sabe de novo, um dia, não partirei em demanda de mais sensações nesta mítica capital Europeia. Para, claro, depois voltar novamente!

Viajar, significa partir e regressar! Sem o regresso o viajante não existe e é o regresso que fomenta a demanda por uma nova partida...


 
Este mês não tinha ainda publicado a sugestão de leitura que normalmente costumo fazer mensalmente e, (não o posso ignorar, tenho andado na senda dos autores nacionais, que considero dos melhores a nível mundial); influenciado por uma cidade que me deixou [por ela] enamorado, não vou sugerir obras, antes sugiro a pesquisa de obras de autores e são dois, Checos, claro; um deles desaparecido há muito do mundo dos vivos, outro ainda nosso contemporâneo, falo de FRANZ KAFKA (expoente máximo da literatura Checa) e MILAN KUNDERA, cujo, um dos seus livros foi adaptado ao cinema - A insustentável leveza do ser.  

Perdoem-me a parcialidade nestas sugestões, mas ainda me sinto muito conquistado pela Capital e Culturas Checas!

No entanto, deixo uma ressalva, este cantinho maravilhoso chamado Portugal é dono de um bem dos mais preciosos que se podem ter neste Mundo, o clima, e, que saudável é sair a porta do aeroporto e sentirmos um calorzinho invernal no seus 16º, contra os 2º negativos que experimentei em Praga e pior ainda com a neve a cair-me na cabeça, em Munique...Portugal, será sempre Portugal!

Apesar de tudo! Que bom que é estar de volta!



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