sexta-feira, 20 de abril de 2012

Sugestão de leitura- Drácula, de Bram Stoker.

O nome parece estranho e certamente o é! Este tópico falará de algo que nada dirá a muita gente, mas a mim preenche-me o espírito e a imaginação e sempre me cativou muitíssimo! Desde os meus tempos de adolescente curioso que despontava para a vida, para os livros, para os filmes e toda uma panóplia de matérias que tocam bem lá no fundo, no intimo, na fase em que os primeiros pelos da barba começam a crescer no rosto e as hormonas começam a mostrar uma estranha volúpia!

Bram Stoker foi um conhecido escritor irlandês e entre dezenas de livros escritos e publicados escreveu o famosíssimo - Drácula. Foi buscar inspiração à antiga Roménia e à Cordilheira dos Cárpatos onde outrora há já muitos séculos viveu o não menos famoso Conde Drácula, de seu nome verdadeiro Vlad Dracul (o empalador) ou Vlad Tepes (Vlad o empalador).

Abraham "Bram" Stoker.

Mas porque raio se falam no blogue de vampiros e coisas demoníacas? Bem, perfazem hoje precisamente cem anos, que se comemora a data da morte deste fascinante escritor, a 20 de Abril de 1912, que só não foi ampla e devidamente divulgada na época, porque o Mundo estava horrorizado com a tragédia do Titanic, ocorrida dias antes e que foi um dos impulsionadores da criação do mito da figura do vampiro com a sua obra escrita. Para que conste: - Não sou muito dado a histórias e historietas de vampiros, demónios, seres de outro mundo, almas penadas, etc., etc..


Mas esta tocou-me lá no fundo, há muitos anos atrás...

Stoker baseou-se no personagem real de Vlad Dracul, um príncipe romeno da Transilvânia, região europeia que faz parte da actual Roménia, para ficcionar e escrever uma das mais lindas e românticas histórias de amor que tive oportunidade de ler e ver em filme, aquando da adaptação ao cinema pela visão fantástica de Francis Ford Coppola no filme com o mesmo nome - Bram Stoker´s Dracula, 1992 - composto por um elenco de luxo destacando-se como Conde Drácula, o não menos fantástico actor Gary Oldman. Tudo isto mexeu com o meu imaginário desde a fabulosa história até ao visionar do filme e tornei-me um fã incondicional deste Conde misterioso, elegante, fascinante, embora ao mesmo tempo, demoníaco, mas que agia como agia movido tão e simplesmente pela busca incessante do amor da sua amada, perdida quatro séculos antes, quando após ter sido enganada por inimigos se atirou ao rio "Arges", pensando que o seu amado (Vlad Dracul) tinha sucumbido nas mãos dos turcos, que combatia nas Cruzadas! O seu amor é tão forte e intemporal que parte em busca da encarnação da sua amada "Elisabeta", reencarnada agora numa jovem inglesa, Mina!

Drácula, o amor nunca morre!

O resto, bem...o resto é só ler o livro e depois de lê-lo, ver o filme pois, é um daqueles grandes filmes que merecem marcar presença em qualquer videoteca caseira. Stoker, nunca viu os seus livros adaptados ao cinema! Passados dez anos da sua morte em 1922, a primeira adaptação ocorreu, com o não menos famoso "Nosferatu", filme mudo e a preto e branco.

Numa altura em que a tónica dos vampiros está mais em voga do que nunca a nível mundial, sendo através de novas séries televisivas, novos filmes, novos livros e sequelas, sinto-me na obrigação de homenagear o seu verdadeiro autor, Stoker, e deixar como sugestão de leitura para este mês de Abril, o seu livro - Drácula,  a meu ver uma das mais bonitas histórias de amor redigidas nestes tempos modernos! Tal como se apregoava no filme - o amor nunca morre! Fascinante como através de contos bastante mórbidos se consegue escrever uma história de amor e Drácula não é violência, Drácula é paixão, é desejo, é luxúria, é pecado, Drácula é amor...

Vlad e Mina - interpretação magistral de Gary Oldman.

Uma nota final para a fenomenal banda sonora do filme, composta por um compositor polaco, com um nome quase impronunciável; Wojciech Kilar, nosso contemporâneo e um dos mais ilustres da Polónia. Tema - "Love remembered" (Amor lembrado).

Love remembered.


Só um génio escreveria uma história tão fabulosa e por isso conquistou um bem muito além da própria morte, através da sua escrita conquistou a imortalidade...

Fica aqui, no blogue, homenageado Bram Stoker! É caso para se dizer soturnamente  - Blood is life...basta ver o filme!





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