quinta-feira, 28 de junho de 2012

Será um ramo...?

Estava dentro de água refrescando-me do sufocante calor que se fazia sentir na passada Terça-feira, quando os meus olhos se detiveram no fundo do leito do rio, onde uma forma arredondada e escura, mas estática, me chamou a atenção!

-Será um ramo...hummm...estranho...não parece! Comentei com a minha sobrinha que me acompanhava também, nuns quantos mergulhos na água quente do rio.

Fui então investigar e qual não foi o meu espanto ao realizar que o tal estranho ramo, nada tinha que ver com madeira mas antes porém, ser um animal! Um peixe, e um dos mais famosos peixes que habitam as águas do nosso Lima! Uma Lampreia! Não tinha à mão nada com que a fisgasse e num ápice, munido de uma escarpada pedra, lá consegui retirar o dito animal da água! Nada mal! Eu que nunca na vida fui pescador de coisa nenhuma e mal sei o que é um anzol, apenas conhecendo poucos, que via, quando alguns familiares meus aos domingos há muitos e saudosos anos idos, enquanto passávamos o dia em família na "Preguiça" em Santa Marta de Portuzelo, se dedicavam algumas horas a sacar umas quantas Tainhas das águas do Lima por desporto e passatempo; consegui sacar uma Lampreia...eh eh eh...a minha primeira pescaria! Nem precisei de fisgas e de outros utensílios, que a malta destas lides apelida com nomes que nem sei aqui dizer, para sacar tão fenomenal peixe! Obriga-me a sinceridade de caracter a afirmar que a mesma...ui ui...era já cadáver! Estava morta! Achavam mesmo que seria capaz de pescar um peixe desta natureza? Claro que não...nunca fui nem nunca tive o mínimo de jeito para me transformar em pescador! No entanto achei fenomenal este encontro em plena água,  com um peixe dificílimo de visualizar, quando vivo! Poderei presumir que este exemplar escapou às redes e fisgas dos pescadores e deixando a Natureza seguir o seu curso, desovou e depois morreu, tal como é apanágio da sua espécie!


Pousada na erva onde a deixei.


A tipica boca deste ciclóstomo.


Belo exemplar até, não?

Algo enlameada e em início de processo de decomposição, tinha de fotografar este exemplar "pescado", mesmo que de forma caricata, por mim, ! Na mesma zona a uns metros de distância onde deixei este cadáver, repousava inerte também, uma grande e rechonchuda Tainha (presumo que seja esse o nome e peço desculpa se estou enganado) já algo decomposta!




Tarde pródiga em encontros imediatos de primeiro grau com peixes, na margem do Lima!



2 comentários:

  1. Não disponho de meios técnicos que me garantam que o rio não está poluído mas também, pelo contrário, não me apercebo de nenhum foco de poluição que faça com que peixes morram, pois caso existissem esses focos poluidores, não veríamos dois casos isolados, como esta Tainha e esta Lampreia, que presumo tenham chegado ao estado de cadáveres por questões naturais, mas antes, milhares ou boas centenas destes animais a boiar nas águas do Lima e aí, sim, acredito, seria caso para nos preocuparmos todos!

    Cps.

    ResponderEliminar