A festa não se fez só à mesa e com intuito de ver os mais variados ateliers, tendas e outros, o melhor foi mesmo passear por toda esta linda zona do Parque Verde, apreciar as tendinhas, onde eram vendidos os mais variados artigos e das quais, a receita apurada, como tem sido hábito, revertia uma vez mais a favor da construcção da Obra Social de Riba Lima.
Entretanto, a academia JADANÇA, à semelhança da edição anterior, dava os primeiros passos, no palco do Milheiral, apresentando vários tipos de dança, bem executados com muito charme e muita sensualidade à mistura, não sem que no final, todos fossem convidados a subir ao mesmo palco, para dançar o tão em voga, "kuduro".
O Amaro apanhado em flagrantre...não lhe conhecia a faceta do boné virado para trás...(risos)!
Sr. Augusto então, não vai um pézinho de dança...?
O amigo Doro e a sua máquina sempre em punho...
E o Hélio, resolveu posar para a fotografia, sorrindo, encostado à Dª Prazers...
Depois do descanso obrigatório, pois dançar debaixo de um Sol escaldante não é para qualquer um, chegou-se a um dos momentos, dos mais belos (pelo menos para mim), onde o grupo de cantadeiras de Lanheses, tomou conta majestosamente do palco do milheiral, entoando cantigas de tempos idos, numa encenação muito sóbria e marcada por belo teor, realçando o facto de não mostrarem cansaço nem incómodo, por actuarem descalças sobre um chão em laje que estaria por certo a escaldar, tal a intensidade com que todo o dia o Sol brilhou. Uma vez mais, ficam aqui registados a ternura e a resolução destas mulheres do Minho, destas mulheres de Lanheses! A elas, de novo e públicamente retiro o meu chapéu em jeito de homenagem.
Eles, também se aprumaram à moda antiga, para este número...
Linda imagem...isto é Lanheses!!!
Rostos...
Idos e belos tempos...
Num alinhamento impecável!
Afinadas vozes...
...empregues numa linda coreografia...
...içando os cantarinhos no ar!!!
A simpatia da chamada "terceira idade"...
E agora um pequeno vídeo!
Troca de roupa, novos temas e novas coreografias, este grupo de belas "jovens", surpreende-me sempre a cada actuação que faz!!!
Eles a rigor, mostrando artefactos de outros tempos, tempos de muito trabalho, de pouca fartura, mas tempos de infinita e inocente alegria...
Este grupo de mulheres, sempre que actuam captam a tenção de todos quanto apreciam a espectacularidade dos números com que nos costumam brindar, e não foi de estranhar que este, tenha sido um dos números que maior assistência reuniu, aquando da sua actuação! Uma aposta cultural das mais importantes, em que a organização resolveu apostar e bem, mostrando e publicitando os usos e costumes, as tradições e valorizando o espírito, da empreendedora e corajosa, mulher de Lanheses! Este é daqueles números em que não consigo nunca assistir até ao seu final, porque a comoção tolda-me o olhar, e a Fuji, depois dos olhos marejarem lágrimas, não capta como deveria captar na perfeição, momentos de carácter tão belo! Parabéns bravas cantadeiras e corajosas mulheres de Lanheses!
Quase após este número de extraordinária beleza, ocorreu noutra zona do Parque Verde, outro número não menos belo, embora abordando uma temática mais moderna. Ana Ferreira na voz, acompanhada de Paulo Pinto ao piano, brindaram numerosa assistência, que não se importou de se sentar no chão em relva ou em terra, para ouvir este duo magnífico a entoar cantigas a roçar temas jazzísticos e pop-rock, assim como uma visitinha aos temas mais nacionais, como o fado e o nunca ignorável "Havemos de ir a Viana", celebrizado pela voz da diva Amália Rodrigues e escrito por Pedro Homem de Mello, poeta e escritor que amava acima de tudo, o Minho, o folclore, as suas raízes e Viana do Castelo...uma espécie de amor por Viana, tal e qual o mesmo amor e carinho que cresceu dentro de mim por esta aldeia situada em pleno Vale da Serra d´Arga...Lanheses! Pese embora o facto de, longe de mim, querer-me comparar ao poeta...apenas comparando ambos como forasteiros que se apaixonaram pelas terras estranhas que os acolheram! Actuação apelidada de "Dualogum - diálogos com música", entoada e magistralmente tocada, tendo como cenário natural o mais recente espaço criado no Parque Verde, o Palco das Bétulas.
Num ambiente extremamente intimista, foi um primor para o sentido da audição assitir à qualidade com que estes dois músicos se entregam à performance da sua profissão...muita qualidade mesmo! Muitos foram os que não arredaram pé e assistiram impávidos e serenos à actuação deste duo fantástico...eis algumas fotografias de momentos bastante íntimos, daqueles tão próprios, quando o ser humano se entrega com paixão, à audição dessa nobre arte, a música!
Sr. Augusto sempre muito atento e aplaudindo!
Pai, mãe e filhas, ouvindo compenetrados este duo, assim se vê o elevado nível cultural de uma família!
Relaxando e ouvindo boa música...
Os dois gigantes lindos, ficaram em casa!?!
Com chave de ouro, termino mais esta parte, a 3ª, e contrário do que inicialmente pensei, alongar-me-ei em mais alguns posts tematizando o Milheiral, prova mais que provada que este convívio foi grande...muito grande!!! Tudo isto, foi o Milheiral!!!
Continua...
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