sábado, 8 de setembro de 2012

FESTA no MILHEIRAL...foi assim!!! (4ª parte)

À semelhança da edição do ano anterior, os mais novos, uma vez mais, não ficaram esquecidos e houve imensa diversão para todos, desde ateliers com vários divertimentos, pinturas de rosto e até um insuflável, este último, um delírio para muitos dos jovens lanhesenses e forasteiros que vieram participar no Milheiral. Assim, se assegura um futuro que se quer para Lanheses, no mínimo auspicioso, e se nestes jovens incutirmos uma doce juventude e belas lembranças da sua aldeia, teremos meio caminho andado e alicerçado as bases para que dificilmente um dia se se antever nas suas vidas futuras um abandono da terra natal, será certamente antes de o fazerem, uma situação a ser bem ponderada e bem pensada; não a abandonarão por dá cá aquela palha! Fica o futuro assegurado, para eles, para Lanheses. Obviamente as leis da vida fazem com que muitas das nossas opiniões mudem, mas o bichinho, se for bem cultivado, fica, sem sombra de dúvidas, sempre cá dentro a morder...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eis que num ápice sou chamado à atenção porque ia começar o teatro. Lá peguei na Fuji, e fui para a zona do Relvado dos Pinheiros Mansos para apreciar a peça que o grupo Unhas do Diabo, tinha para apresentar ao público presente, intitulada, "Minho em Festa". Foi muito bom poder ver a actuação deste grupo de jovens que apresentaram uma peça engraçada e contagiaram todos com sorrisos, arrancando da plateia sonoras gargalhadas. Eu adorei e dei umas quantas boas risadas com as peripécias que ocorriam na peça à medida que a história seguia o seu curso. Uma narrativa simples, mas que bem mostrou muitos dos usos e costumes que neste Alto-Minho fizeram parte da vida de muitos e por muitos e longos anos, desde a tasca, até ao vinho e às grandes bebedeiras, do folclore e das festas típicas até à vaca das cordas! Muito bom, mesmo!
 
 
 
 
 
 
 
Este homem, era a comédia personificada em forma de gente... 
 
 
 E este aqui, perdido com o riso, lá conseguiu actuar...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ah "binhinho bom"...hummmmmmmm!
 
 
 
 
 
No final, um Vira-Geral e até o presidente alinhou...haja alegria!
 
 
 
Delicioso...
 
 
 
Por fim, não podia deixar de referir as futeboladas dos velhos tempos, em jeito de torneio interfreguesias, onde as velhas guardas deram azo às pernas e algumas barrigas maiores foram exercitadas um pouco mais violentamente, contrariamente ao que costuma acontecer quando se chegam aconchegadinhas à mesa...o corpo por vezes precisa de porrada, é certo e aliando um dia conotado com o divertimento, estes homens aproveitaram e praticaram desporto ao mesmo tempo que relembravam velhos tempos, tempos em que andavam com as balizas atrás deles para praticarem jogos de bola! Desporto aliado a memórias...excelente. Ao mesmo tempo, o olímpico e natural de Lanheses, Gaspar Araújo, dava aulas à miudagem que se queria iniciar nas práticas desse desporto fantástico que é o atletismo, por vezes tão ostracizado, num país em que o que realmente importa é o futebol e o resto paisagem...(bem adiante) e em pouco tempo , verifiquei que o mesmo Gaspar, cativou algumas dezenas de miúdos que queriam conseguir saltar em comprimento como ele...fabuloso! Agradável de ver como as crianças com a sua inocência, se interessam por esta boas práticas...oxalá muitas (ou todas) sigam este bom caminho...obrigado Gaspar!
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gaspar com a miudagem!
 
 
 
 
A olaria marcou presença uma vez mais, neste Milheiral.
 
 
O dia caminhava célere para o seu fim, assim como esta edição, a segunda do Milheiral, entre conversas com os muitos lanhesenses que percorriam todo o recinto desta festa, e mesmo o degustar de mais alguns petiscos, o Milheiral aproximava-se do final também e, aos poucos, o Parque Verde foi sendo ocupado pelos grupos de concertinas acompanhados pelos muitos lanhesenses e forasteiros que as acompanhavam com viva voz entoando cantigas de outros tempos! 
  
 
 
 
 
 
 
 
 Alguém duvida da beleza das mulheres de Lanheses? Felizes com a "espantalha" por elas criadas.
 
 
 
 
 
 
 Após longos minutos de conversa, uma fotografia!
 
 
 
 
 
Após os acordes de um grupo musical composto de elementos muito jovens, que performaram alguns temas "rockeiros" no palco do milheiral, segui-se-lhes, a terminar com chave de ouro, Ana Ferreira, a solo a ao piano, com a sua voz prodigiosa, entoando temas líricos, sob um céu nocturno lindo, colorido de milhares de pontinhos brancos, as estrelas e com toda a assistência maravilhada com tão (perdoem-me a expressão) brutal desempenho vocal e artístico desta mulher...as fotografias dizem tudo! Noite escura e noite caída, mas ninguém arredou pé! Fenomenal, este final desta festa e deste dia!
 
 
Entrega de prémios, anunciados pelo Hélio.
 
 
Jovem agrupamento musical.
 
 
Filipe anunciando os vencedores do concurso de espantalhos (que gerou alguma polémica, escusada, diga-se).
 
 
No final...uma voz de diva... 
 
 
 
 
 
 Soprana!
 
 
 
 
 
Que dizer mais deste final, onde de novo se fechou esta festa, este convívio, com uma ode à cultura, ao canto, ao lirismo, elevando a naturalidade deste local belo e aprazível, o Parque Verde, um espaço de todos nós lanhesenses e forasteiros e criado para todos que o queiram usar por bem e dele desfrutar em momentos de puro prazer...a natureza é mesmo assim...um convite ao prazer, e este Milheiral tornou este recanto, estas verdes paisagens, ainda mais belas, preenchidos com o colorido natural de centenas de pessoas que neste Domingo lhe atribuíram uma cor ainda mais especial...com alguma saudade à mistura, já, o Milheiral terminou por este ano, mas como afirmou em entrevista ao Jornal Alto Minho, Ezequiel Vale, o presidente da edilidade, se repita por muitos e bons anos...
 
 
 
 
 
 
 
Um voto de reconhecimento para com a comissão organizadora, que uma vez mais se excedeu em qualidade, quer nos espectáculos apresentados quer na organização muito bem cuidada, tendo tudo corrido muito bem e aos três, Ezequiel, Hélio e Filipe, os meus mais sinceros parabéns, pela ideia extraordinária e porque realmente trabalham para e pela aldeia e, porque merecem...quem viu Lanheses em 2000, como eu (um forasteiro) cheguei a ver, e quem a vê agora...haja é quem se entregue ao trabalho!
 
 
O Milheiral já deixa saudades e cheira um pouco a melancolia...Até para o ano!
 
 
 
 
 

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