Deste ponto vejo cinco,
cinco outros pontos também,
que o Sol banha com afinco
sob o meu olhar de desdém.
Não é desdém de quem não gosta
nem tão pouco de quem detesta
é a luz do Sol que não me mostra
os cinco pontos que dormem a sesta.
Olhá-los de frente não consigo
tal o Sol e a sua luminosidade,
que o meu olhar fere com voracidade
embora os sinta, aqui comigo.
São barcos e estão no Lima,
serenos, ao Sol do Outono
paisagem que comigo rima
me sinto Rei, em luminoso trono!
E assim ao olhá-los, embevecido
mesmo que o Sol o dificulte
ternura em coração, mais que aquecido
amor em mim, assim resulte!
Os cinco pontos me inspiraram
a resolver este teorema
ali estáticos, me alegraram,
letras em rima e em fonema,
junto ao Lima e aos cinco pontos,
palavras juntas em pequenos contos,
assim se compõe um simples poema
por flutuarem ali, os cinco pontos!
por flutuarem ali, os cinco pontos!
(do autor Sérgio Moreira)
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