domingo, 4 de novembro de 2012

ACÇÃO MICOLÓGICA!

Decorreu, ontem, dia 03, a planeada e pela Junta de Freguesia organizada, acção micológica, tendo em vista o estudo e conhecimento no terreno dos cogumelos silvestres, uma iguaria gastronómica tão apetecível, mas ainda pouco conhecida pela grande maioria dos portugueses, em contrário, quando comparados por exemplo, com os cidadãos alemães, franceses e até com os cidadãos espanhóis, adeptos fervorosos deste manjar que a natureza nos oferece.
 
A primeira parte da acção, e na qual tive o prazer de participar para fotografar tendo em vista a sua divulgação aqui no blogue, decorreu na sala do anfiteatro na Junta de Freguesia, onde se dissertou sobre os mais variados aspectos relacionados com o cogumelo silvestre (diga-se selvagem), desde a sua anatomia, até à sua taxonomia.
Pelo monitor da palestra, Rui Cardoso Ramos, foi exposto aos presentes, todo um código de conduta para recolha de cogumelos silvestres, dado que por falta ou por graves lacunas de legislação que regule este sector (tipicamente nosso), a colheita de cogumelos silvestres em Portugal não se tem feito do melhor modo. Foram ensinados quais os objectos que se devem utilizar na recolha de cogumelos, desde o cesto de vime (recipiente perfurado), canivete ou faca, máquina fotográfica (para quem queira fotografar as espécies de cogumelos) e um guia de campo de identificação de cogumelos silvestres, um auxiliar precioso de modo a que tragédias como têm vindo a público noticiadas, sejam evitadas. Fez-se também uma referência mais alongada onde colher este género de cogumelo, como colher e identificando correctamente as espécies comestíveis. Tudo ensinando sobre a regra de ouro que é a de respeitar a natureza, os ecossistemas e a biodiversidade! Uma obrigação social e um acto de cidadania, obrigatório a qualquer cidadão, fomentando sempre por um mundo melhor!
 
No final, uma referência por parte do formador, e a regra mais importante para quem se dedique a este passatempo - EM CASO DE DÚVIDA NÃO APANHE NEM CONSUMA - cogumelos silvestres que não saiba ou possa até, identificar! Algumas das toxinas que este fruto (derivado de um fungo) libertam, são de um potencial tóxico inimaginário pelo que com extrema rapidez podem provocar uma crise hepática fatal, entre outros males relacionados com a saúde e mesmo com a própria vida, de todos quantos se dedicam a este passatempo se não houver uma correcta e responsável conduta por parte dos mesmos!
 
 
 
O formador, Rui Cardoso Ramos, conduzindo a formação.
 
 
 
Algumas fotografias dos participantes dispostos pelas secretárias da sala.
 
 
 
Idem, idem.
 
 
Idem, idem.
 
 
Alguns dos vários cogumelos, expostos na sala.
 
 
Em vários formatos, todos, cogumelos silvestres.
 
 
Literatura variada, relacionada com o tema, também foi disponibilizada.
 
 
Idem, idem.
 
 
Vários diapositivos foram acompanhando a acção de formação.
 
 
Idem. Neste diapositivo se mostra o erro que se toma ao seguir os métodos tradicionais para despistagem da toxidade dos cogumelos. Muito importante!
 
 
Exemplar de canivete que se deve usar no corte de cogumelos silvestres, composto por lâmina numa extremidade e pincel na outra para limpeza, embutidos em cabo de madeira. De referir, que este objecto fotografado, todo ele é composto em território nacional, ou seja, da indústria artesanal nacional. Um belo exemplar.
 
 
O formador Rui Cardoso Ramos terminando a parte teórica da formação.
 
 
A segunda parte desta formação foi composta pela posta em prática no terreno dos conhecimentos adquiridos e estudados, com a correspondente saída para o terreno, a dividir por dois locais, as Lagoas de Bertiandos e na freguesia da Boalhosa, Ponte de Lima. As fotografias que abaixo passo a postar, foram gentilmente cedidas por Ezequiel Vale, pois, motivado por compromissos pessoais não tive a possibilidade de participar nesta acção de formação. Seguem então as fotografias relativas ao trabalho de campo na apanha de cogumelos silvestres.
  
 
 
O grupo em demanda de cogumelos silvestres.
 
 
Formador e formandos concentrados no estudo dos cogumelos.
 
 
Um belo e vistoso exemplar. Tóxico? Lamento mas não sei responder!
 
A terceira e última parte, foi destinada ao trabalho de laboratório, se é que assim o posso chamar, pois decorreu novamente à semelhança da manhã, na sala do anfiteatro da Junta de Freguesia, onde se analisaram os cogumelos apanhados durante o trabalho de campo, tudo devidamente explicado pelo formador Rui C. Ramos.
 
 
 
 
Uma rica variedade de cogumelos apanhados. Acha muitos, os que estão aqui expostos sobre a mesa? Então fique a saber que segundo a legislação nacional, um colector de cogumelos silvestres para comercializar os mesmos, pode por dia colher em estado selvagem até cinco quilos deste maravilhoso manjar...dá muito cogumelo, não dá?
 
 
Formador e formandos em volta do lote de cogumelos colhidos em estado selvagem.
 
 
No final foi servido jantar, de acordo com o estipulado no programa.
 
 
Esta acção, pelo que se pode ver nas fotografias, revestiu-se de extrema importância para todos aqueles que nela participaram e que fomentam o gosto por esta gastronómica, lúdica e instrutiva actividade, o colher de cogumelos silvestres para análise e para consumo também.
 
Uma vez mais a Junta de Freguesia a marcar pontos no que toca à agenda cultural de actividades na nossa aldeia.
 
Excelente iniciativa!
 
 
 

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