sábado, 24 de novembro de 2012

Criações doces da nossa gente! IV e última Tertúlia.

Decorreu em ambiente festivo a IV e última Tertúlia inserida no âmbito de tertúlias projectado pelo executivo da Junta de Freguesia, sobre o tema, criações doces da nossa gente, uma ode à gula e ao paladar, onde, respondendo ao desafio lançado pela organização, vários dos tertulianos se apresentaram acompanhados por um doce tradicional, outros com licores, em número bastante elevado, o que por si só, já traduz o sucesso com que decorreu esta reunião de amigos!
 
 
 
 
Com o estômago ainda um pouco embrulhado pelos excessos típicos da noite anterior, tantas eram as deliciosas sobremesas apresentadas, para que fossem degustadas pelos convivas, cá escrevo no blogue, ainda algo estremunhado, recordando a doce e suculenta noite que ontem se viveu, no salão auditório do edifício da Junta de Freguesia.
 
Desta vez apostou-se um pouco mais na diversidade de participantes, o que correu muito bem, pois muitos dos convivas, estavam pela primeira vez, a participar neste género de reuniões! O sarau iniciou-se com o discurso do presidente, Ezequiel Vale, enquanto se provavam as primeiras entradas, (acompanhado pelo som melodioso que saía do piano tocado por Paulo Pinto), exortando o tema, cumprimentando todos os participantes e dando uma explicação generalizada acerca do pretendido para esta noite. Segui-se-lhe, Rosa Castro, com a sua voz doce, lendo um poema relacionado com o tema, com a vida e com a embriaguez dos sentidos! Momento muito bonito! Esta senhora é dona de uma terna dicção para declamar poesia...
 
 
 
 
 
E então deu-se o primeiro momento da noite, o primeiro brinde, o brinde com vinho branco, celebrado à amizade entre todos, paz e prosperidade! Momento sempre emotivo e alegre, com todos os tertulianos de pé em enorme salva de vivas, copo na mão e punho em riste, levantando no ar o líquido de Baco em profundo sinal de amizade e respeito uns pelos outros!
 
 
 Todos brindando, com fresco e branco loureiro!
 
 
Foi a vez de Fátima Agra, apresentar um livro que conta já com muitos anos (nele está inscrito o módico preço de 5.00$, moeda antiga) onde o seu autor decidiu atribuir a cada dia do ano uma ementa, tendo sido explanada a mesma ementa correspondente ao dia de ontem, 23 de Novembro.
 
 
Fátima Agra, expondo a todos o conteúdo do livro.
 
 
 
 
Menu para o dia 23 de Novembro!
 
 
Em seguida, passou-se ao jantar própriamente dito, em que foi servido, estilo buffet, um"Goulash" preparado pelo amigo Filipe, marido de Esmeralda, um género de petisco tradicional da Hungria, terra dos "Magiares", no centro da Europa, que estava simplesmente divinal. Este homem tem o dom da cozinha e à semelhança da tertúlia anterior, apresentou um repasto extremamente suculento e com sabor divino! Uma maravilha! Ao Filipe e Esmeralda, os meus parabéns! O "Goulash" húngaro é composto de uma mistura de carnes de vaca estufada, ensopado em caldeirada, onde abundam também variados legumes e este, servido na tertúlia, só diferiu do húngaro, quanto ao género de carne apresentado, neste caso carne de porco, tão tradicional das ementas portuguesas! Uma delícia, não me canso de o afirmar!
 
 
Paulo Pinto ao piano. Infelizmente, Ana Ferreira, não pôde marcar presença nesta tertúlia, por motivos de saúde. Aqui deixo os meus votos de rápidas melhoras e que nos venha de novo alegrar e comover, com a sua voz prodigiosa! No entanto, Paulo Pinto, assegurou com toda a genialidade a componente musical, desta noite!
 
 
O "chef" de serviço, Filipe, explicando o seu "Goulash" e toda a tradição inerente a este cozinhado.
 
 
Terminado o jantar, foi chegado o tempo das sobremesas, o tal que todos ansiavam, que chegasse e desta feita, variando um pouco, foi proposto um jogo. Duas das tertulianas, de olhos vendados, teriam de adivinhar os licores que lhes eram dados a provar. Este foi o momento divertido da noite e que arrancou sorrisos e gargalhadas a todos os presentes. Já agora, diga-se, em abono destas duas lanhesenses, que não se saíram nada mal, adivinhando maioritariamente os licores que lhes iam passando pelos lábios.
 
 
Provando o licor! Ei Presidente, esse frasquinho aí diz-lhe alguma coisa!?!
 
 
Saboreando e adivinhando...
 
 
A Vera, já sorridente, sem a venda nos olhos e divertida com a prova de licores.
 
 
Após este momento deveras divertido, passou-se a novo momento de leitura, onde se leram poemas e se dissertou sobre doces e doçaria em geral, não fosse esse o tema da tertúlia e numa intervenção apaixonada, tão típica de si, Sr. Paraíso fez uma alusão ao mel, como apicultor que é, e apaixonado também pelas abelhas assim como por esta actividade, citando trechos de um livro escrito em poema onde se "canta" o mel e tudo o que lhe está associado na sua produção. Excelente, como sempre nos habituou, ao longo de quatro tertúlias.
 
 
 
"Chico" Meia-noite, lendo um poema que dedicou a sua esposa.
 
 
Sr. Paraíso, aquando da sua intervenção.
 
Continuando, foi chegada a vez (novo desafio proposto pela organização) de todos quantos se fizeram acompanhar da sua tradicional sobremesa ou licor, explicarem o modo de preparação da(o) mesma(o) para em seguida, dar a provar aos convivas. Escusado será dizer, que a alegria e boa disposição, tomaram conta de todos, com as suculentas sobremesas a circularem por todas as mesas, assim como os deliciosos licores e claro, as cabeças, começaram a levitar levemente, com as misturas que se fizeram! Daqui para a frente a noite pautou-se pelo ambiente festivo e esfuziante, onde a alegria deu o mote, para que esta tivesse sido a mais divertida e mais sonora, de todas as tertúlias, onde se cantou, brindou, comeu, bebeu, sempre acompanhados pelo som do piano do Paulo e pelas palmas e cantorias que saiam da boca de todos os presentes. ESPECTACULAR!
 
 
O tema da tertúlia. Hummm...
 
 
Manuela explicando os licores que apresentou. Divinais, especialmente o de morango!
 
 
Carlos Alberto, proprietário da famosa "Quinta do Berto" em Meixedo, apresentando a sua deliciosa jeropiga.
 
 
Ezequiel Vale, comprovando se realmente era boa ou não...(risos).
 
 
Era boa, era, mas evaporou-se num ápice...(risos).
 
 
O mel e os mexidos do Sr. Paraíso fizeram sucesso.
 
 
As suculentas rabanadas do restaurante "A Fornalha", apresentadas pela Paula, que não revelou o segredo do molho...entende-se!
 
 
 
 
Delicioso...
 
 
As sobremesas iam passando pelo prato...hummm!
 
 
Uvas em bagaço...delícia!!!
 
 
Também tive o momento para apresentar o meu poema, alusivo ao tema...
 
 
...assim como apresentar o licor que levei à tertúlia. Jeropiga de "uvas morangas", onde o segredo está na junção do caramelo e da canela...o resto...é segredo!
 
 
Para o final da prova de licores, bagacinho com mel...delicioso, doce e muito alcoólico...(risos).
 
 
Ia alta a hora da madrugada, quando os primeiros desistentes, começaram a abandonar a sala e ouve lugar para uma despedida muito emocionada, por parte de uma pessoa muito especial. Rosa Castro, após uma maratona de quatro tertúlias, despede-se de todos com um boa noite, meigo e doce, tão típico da sua voz melodiosa, proferindo discurso e não deixando escapar uma lágrima, por constatar o enorme sucesso que este projecto das tertúlias alcançou. Logo ali foi premiada com uma cantiga entoada por todos em jeito de homenagem, alto e bom som, num "Rosa arredonda a saia...".
 
 
Despedida de Rosa Castro.
 
Entre a tremenda algazarra, própria destas reuniões de amigos, mais um copo aqui, outro ali e muita conversa, assim como muitas cantigas, acompanhadas pelo som do piano tocado por Paulo Pinto, que magistralmente conduziu a componente musical durante toda a noite, a solo, assim terminou uma das melhores das quatro tertúlias, senão a mais sonora e divertida, com todos desejando que para o ano, novo ciclo de tertúlias ocorra de novo, prova mais que provada do sucesso da iniciativa levada a cabo pelo executivo da Junta de Freguesia. 
 
Em seguida, algumas fotografias dos tertulianos e toda a alegria por que se pautou, esta IV e última tertúlia de 2012.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Presidente serve as mulheres...
 
 
As mulheres brindam!
 
 
Impossível tirar fotografias nítidas, o pessoal não parava...(risos).
 
 
 
 
 
 
 
 
Duas palavras para terminar este tópico.
 
A primeira para com os trabalhadores da Junta de Freguesia, inexcedíveis no que toca a preparar e a servir todos os repastos e vinhos, durante todas as quatro tertúlias, onde podemos ver o brio que sentem por pertencerem a este grupo de trabalho que compõe a equipa de trabalho da nossa edilidade. À Ana, Lídia, Piedade, João e ao jovem Samuel os meus parabéns sentidos, por tão belo e tão bem executado labor! Fantásticos!
 
Para finalizar, uma palavra para com o executivo da nossa edilidade que idealizou, orquestrou e pôs em marcha, este fenomenal ciclo de tertúlias, durante todo o ano, em que uma vez mais a Junta marcou pontos no que toca à promoção da cultura e da amizade entre as pessoas da nossa comunidade. Ao Ezequiel, Hélio e Filipe, daqui endosso os meus mais sinceros parabéns pela ideia e por ousarem ter tido a ousadia de elevarem ao máximo o significado da palavra cultura, em Lanheses.
 
Parabéns aos três!
 
 
No ar, deixo um desejo final, o de que para o ano, 2013, este maravilhoso circulo de tertúlias continue a realizar!
 
 
Um lanhesense, agradecido, eu!
 
 
 

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