Encostado a um dos esteios, fixos na eira do milheiral, debaixo do olho de um parzinho de namorados que me mirava desconfiado, tal a minha concentração em clicar com obsessão no obturador da Fuji e enquanto os meus peludos, assustados, com o troar que saía dos canos das espingardas dos caçadores que por ali andavam também, à caça; consegui um set de fotografias com um enquadramento daqueles que não se costumam apanhar assim de qualquer maneira. Fui bafejado pela sorte!
- O céu está a arder! Pensei.
Com nuvens a oeste, ora tapando, ora descerrando o Sol, que se punha precisamente no mesmo ponto cardeal por trás das referidas nuvens, consegui tirar algumas fotografias interessantes do pôr-do-Sol em Lanheses, num misto de beleza e confusão de sentidos, perante a minha perplexidade com o tremendo espectáculo com que a natureza me estava a brindar...tiritando de frio, às páginas tantas, tal a minha concentração posta no céu lanhesense, já nem do mesmo (frio) me lembrava e fiquei ali por alguns minutos a retratar o fabuloso show, com que Sol e nuvens me resolveram presentear.
Eis os resultados!
Será uma explosão atómica?
Nova explosão...
O Astro-Rei mostra-se!
O céu está a arder!
Para depois vir a calmaria e os raios de Sol trespassarem o céu...fantástico...!
Autoestrada aérea composta por raios de Sol!
Um espectáculo de luz e energia
presenciado no céu de Lanheses
natureza pura, selvagem e fria
que ao pôr-do-sol, se sente assim por vezes!
Nuvens, Sol, em explosão atómica
raios de luz que trespassam o céu
claridade tremenda em forma cónica
iluminando o solo, escuro como breu!
As nuvens, com o Sol dançam em cruz
uma dança, um tango sensual,
que deles emana, beleza em forma de luz
dando a Lanheses um colorido especial!
Depois...o ocaso aconteceu,
e do céu, este belo tango, tristemente desapareceu...
(do autor Sérgio Moreira)
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