Cai uma geada glaciar
em noite escura, iluminada,
holofote de luz, comigo a brincar
no céu uma esfera escancarada.
Passos no verde a restolhar
erva húmida pela humidade,
caindo, com a Lua a brilhar
rainha, alteza, qual majestade.
Só, me desenvolto na escuridão,
percorro assim em minha volta
a paisagem envolta em negridão
que a bruma trás e que Lua solta.
Uma coruja se atravessa
ali em frente ao meu olhar
voando baixo, mas bem depressa
procurando ali o seu jantar.
Agora é a Lua que se esconde
por detrás de um amieiro
e eu brincando ao esconde-esconde
a capto com olhar certeiro,
e ela me capta também a mim,
escondido num belo canteiro
brincando juntos e assim e assim
qual dos dois se mostrará primeiro?
A Lua fica sempre a vencer
pois lá do alto é soberana
nos toca quase a derreter
com a sua claridade, qual porcelana.
A noite é bela, por mim clama
me atrai ali por tantas vezes
e a Lua em mim, acesa chama,
brilha na veiga, brilha em Lanheses!
A Lua brinca com o autor do blogue,
pois somente ela, assim o pode!
(do autor Sérgio Moreira)
Tons quentes em noite gélida...
Lá está ela de novo...
Aparecendo por trás do amieiro...
A Lua brinca com o autor do blogue...
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