Num artigo que foi publicado na edição de ontem do jornal de notícias, nele se noticia o importantíssimo achado arqueológico que jazia no leito do nosso rio Lima, as pirogas milenares, anteriores mesmo à ocupação romana da Península Ibérica, que aguardam tratamento, submersas em tanques de água nas instalações do IGESPAR, o órgão que tutela a nível nacional os achados arqueológicos e históricos que vão sendo descobertos no nosso país. Descobertas em 2002 e retiradas em 2003 do fundo do rio, já eu vivia em Lanheses, também fiquei maravilhado na altura, com a fenomenal descoberta, ocorrida quase acidentalmente (pelo que sei e corrijam-me se estiver errado), quando um pescador nosso conterrâneo navegava no rio Lima em demanda do ciclóstomo que muitos gostam de apreciar à mesa por alturas do Inverno, a lampreia, e se deu conta dos dois estranhos e curiosos, mas esquisitos, toros de madeira que repousavam nas areias do leito do mesmo, meio submersos meio a descoberto com a baixa da maré.
Achado importantíssimo, volta agora a figurar nos anais das publicações noticiosas, num artigo jornalístico e realmente muito interessante, onde a edilidade vem afirmar uma vez mais, a mais que justa reivindicação de guardar e expor no seu núcleo museológico as tão importantes e históricas embarcações, de modo a fomentar o turismo e economias locais, assegurando um acervo da maior importância, no interior das paredes do seu museu, dado que as mesmas por direito a Lanheses e à sua comunidade pertencem!
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Vamos fazer desta pretensão da edilidade, a nossa pretensão também, e exigir a Lisboa assim que tenham sido devidamente tratadas, o retorno destas antiquíssimas embarcações, testemunho e legado de antigos povos que andaram por terras lusitanas há muitos e muitos séculos atrás, à localidade que as descobriu!
O museu de Lanheses e esta aldeia, por direito as merecem de volta, para serem expostas dando-lhes justo protagonismo, para todo o sempre!
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