sábado, 26 de janeiro de 2013

FEIRA DO FUMEIRO E PRESUNTO DO BARROSO! - Resenha Histórica!


FEIRA DO FUMEIRO E PRESUNTO DO BARROSO




A Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso é o maior cartaz turístico e cultural
do concelho de Montalegre. Nasceu, timidamente, em 1992. Hoje atrai, num único
fim-de-semana, mais de 50 mil pessoas.
O certame é organizado pela Câmara Municipal de Montalegre desde o seu
arranque. Porém, desde 2002 que a organização é feita em conjunto com a
Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã.
Na primeira edição, o evento contou com 35 produtores e 1.226 kg de
produto vendido. Nesse ano, em 1992, visitaram a vila de Montalegre 2.500
pessoas.
Estava dado o mote. Todavia, o início foi muito difícil. Tudo porque,
tradicionalmente, só os “pobres” vendiam os presuntos e as chouriças produzidas
em casa, na maioria das vezes de forma escondida. Os produtores que poderiam
dispensar fumeiro para venda sentiam-se envergonhados em fazê-lo
publicamente. Estrategicamente, a Comissão Organizadora redesenhou um novo
modelo do projecto: ia a casa dos produtores buscar os produtos que eram
pesados e preçados, vendia-os sem referência ao nome do seu produtor, apenas
com um código que só ela própria conhecia e, posteriormente, entregava ao
produtor o dinheiro resultante da venda. Este modelo vingou durante os dois
primeiros anos. A partir do terceiro ano alguns produtores começaram a permitir
que o seu nome fosse colocado nos rótulos dos produtos.
Contudo, a partir do quinto ano de edição alguns produtores mostraram-se
disponíveis para estarem presentes na Feira do Fumeiro a fim de eles próprios
venderem o seu fumeiro, ao mesmo tempo que, em espaço diferenciado, a
Câmara de Montalegre continuava a vender o fumeiro daqueles que
continuavam a não querer assumir a venda.
Só a partir do ano de 1999 foi possível organizar uma Feira do Fumeiro onde
todos os produtores estivessem presentes.
A verdade é que desde a primeira edição, até à última, os valores de venda
e de visitas tiveram uma subida quase exponencial. Por exemplo, na edição de
2006 a Feira do Fumeiro contou com 130 produtores, 65.000 kg de produto
transaccionado e visitaram Montalegre mais de 65 mil pessoas.
Os modelos de organização foram sendo alterados e adaptados à realidade
conjuntural e ás avaliações efectuadas, tendo sempre como pressuposto base a
manutenção da qualidade dos produtos vendidos.
Por outro lado, desde 2006 que este verdadeiro filão turístico é feito no
moderno Parque de Exposições e Feiras de Montalegre (mais concretamente no
Pavilhão Multiusos) concedendo à feira a modernidade e as condições higiénicosanitárias
exigidas. Um espaço que veio oferecer condições incomparáveis aos
expositores e visitantes, pela qualidade e funcionalismo das instalações e pelo
seu conforto oferecido aos visitantes. As Instalações contemplam, além do espaço
onde decorreu o evento, 4 tasquinhas onde os visitantes usufruem das melhores
condições em termos de conforto, e onde constam do cardápio da mais refinada
e típica gastronomia local, desde os cozidos, tão característicos do Barroso e da
época do ano, aos diversos enchidos (salpicão, chouriça, presunto, alheira) e o
famoso presunto de Barroso, que colocaram Barroso na ribalta gastronómica
nacional. Para além disso, as instalações comportam uma sala de imprensa e um
auditório onde irão ter lugar as apresentações, colóquios e cerimónias de
abertura, com a presença das mais altas individualidades do Estado Português,
sempre presentes nas aberturas deste evento.
A opção estratégica da Câmara Municipal de Montalegre em realizar este
certame, foi cimentada na convicção de que o fumeiro e o presunto, que sempre
se produziram nesta região, eram de alta qualidade e tinham um nicho de
mercado capaz de o absorver. No entanto, pensamos que o sucesso crescente da
Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso e das dinâmicas que lhe estão adjacentes
se deve, sobretudo, à metodologia de organização utilizada, assente sempre num
modelo de gestão e avaliação participativa. Esta metodologia permitiu
responsabilizar os produtores pela qualidade dos produtos vendidos e devolveulhes
a auto confiança e a auto estima, enquanto actores privilegiados de todo
este processo.




RIGOR NA QUALIDADE




O sistema de controlo inicia-se no mês de Fevereiro do ano anterior à
realização da Feira do Fumeiro, com a inscrição dos produtores e do número de
animais que pretendem criar para produção de fumeiro. Posteriormente, em visita
domiciliária, é confirmado o número de animais que cada produtor detém sendo
os animais sinalizados com brincos. Durante o ano, todos os produtores são
visitados, de uma forma aleatória, por uma Comissão, constituída também por
produtores, que verifica se a alimentação dos animais obedece a uma
alimentação tradicional.
Este controlo de qualidade continua na matança com a presença obrigatória
do veterinário municipal. Acto contínuo, termina com a entrada dos produtos na
Feira do Fumeiro. A quantidade de cada um dos produtos confeccionados, por
cada produtor, é pesado conferindo se é proporcional ao número de animais
criados passando depois pela Comissão de Controlo, constituída pelo veterinário
municipal e dois elementos conhecedores da confecção do fumeiro tradicional que
avaliam a apresentação do produto, a textura, o cheiro e o sabor de cada um
dos produtos apresentados.




RENOVAÇÃO EM MARCHA




Actualmente, os produtores mais idosos, que eram aqueles que mantinham o
“saber fazer” tradicional, estão a ser substituídos por jovens produtores que
apostam no desenvolvimento de métodos mais modernos e consentâneos com as
exigências actuais do mercado. As cozinhas tradicionais da casa barrosã, onde se
produzia o fumeiro, estão a dar lugar a modernas cozinhas de produção, onde o
factor higiene e comodidade se aliam aos métodos tradicionais de produção,
mantendo toda a qualidade e sabor tradicional do produto. Neste momento
estão licenciadas mais de uma dezena de cozinhas de produção de fumeiro e
cerca de meia dúzia em processo de promoção.




ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES




Desde 2002, os produtores de fumeiro estão organizados em Associação -
Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã - sendo uma das
suas preocupações, a formação dos seus associados. Entretanto, já promoveu
uma acção de formação na área da qualidade alimentar, visitas a unidades de
produção de fumeiro em Salamanca (Espanha) e, actualmente, está a ultimar uma
candidatura, na área da confecção de enchidos, para formação de novos
produtores de fumeiro.
Para além das mais valias que a Feira do Fumeiro gera directamente para os
produtores de fumeiro, são já notórios, no território, os impactos sociais e
económicos do aumento do fluxo turístico a que o concelho de Montalegre vem
assistindo desde 1992 e que decorrem essencialmente do perfil do principal
visitante/comprador da Feira do Fumeiro – classe média alta.




EQUIPAMENTOS CRIADOS






1 Unidade industrial de produção de presunto e fumeiro de acordo com

métodos tradicionais, em laboração desde 1998;






1 Unidade industrial em fase de projecto;



16 Produtores locais com cozinhas licenciadas para a produção e

venda directa;






3 Unidades hoteleiras de qualidade, na vila de Montalegre;



6 Unidades de turismo em espaço rural (TER)



4 Restaurantes



2 Empresas de turismo, lazer e ocupação de tempos livres;



1 Equipamento multicultural que integra um pavilhão próprio para a

Feira do Fumeiro, 4 tasquinhas, um pavilhão gimnodesportivo e um
auditório.




EVENTOS




- Feira da Vitela dos Lameiros do Barroso
- Feira do Cabrito do Barroso
- Carrilheiras de Barroso - lusogalaicas
- 5 Percursos pedestres homologados e em actividade permanente
- Animação de todas as Sextasfeiras 13/Dia das Bruxas


Informação sobre formato pdf, retirada so site oficial da Câmara Municipal de Montalegre.



 

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