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Me perco nestes verdes
deste calmo planalto
calcorreio estas sebes
minha alma, se acomete em sobressalto,
qual pássaro preparando o ninho
pulando de salto em salto
aqui na Sr.ª do Minho,
cá em cima, bem no alto.
Aqui a alma solta um grito
aqui reina o silêncio
quando posso, por aqui sempre fico,
pintando um retrato a setêncio,
d´aqui se vê Viana
d´aqui se vê o Vale do Lima
aqui a paisagem soberana
com o vale e o rio rima.
Aqui vejo monstros brancos
com suas gigantes pás
vejo vacas, cabras, bancos,
vejo a névoa que a manhã trás,
sinto os regatos, sinto a erva,
que por entre rochas correm
sinto a Sr.ª, que me observa,
e ventos que me percorrem!
Deitado num rochedo
um corpo jaz a descansar
tal qual o frio penedo
com o Sol a bronzear
só, com o planalto,
bebendo deste soberano ar
afastado de tudo, bem cá no alto,
esse corpo se deixa embriagar.
Pois, por aqui tudo se esquece,
aqui somos natureza
aqui o corpo estremece
embrenhado nesta braveza
aqui o espírito enternece
com tanta e tanta beleza!
Aqui se esboça um carinho...
cá no alto, em plena Sr.ª do Minho!
(do autor Sérgio Moreira, poema escrito no já distante ano de 2009, quando o autor do blogue passava horas de bonomia no planalto da Sr.ª do Minho)
A grande guardiã da aldeia de Lanheses!
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