ENCANTOS da PRIMAVERA! A VIAGEM "MOCHE"...1ª parte.

O dia de Sábado amanheceu chuvoso aqui para os lados de Lanheses e um pouco por todo o concelho de Viana do Castelo. 

 

Foi debaixo de uma chuvinha irritante em pleno mês de Junho, uma daquelas chuvas incompreensíveis para a mente humana, quando humana mente acha que só no Inverno é que deve chover, que se cumpriram os primeiros formalismos de ocupação de lugares no autocarro alugado para este segundo passeio turístico organizado pelo SSVSA e pelo autor do mesmo, quando grande e volumoso veículo se deteve junto ao terreno ocupado pelo edifício da Junta-de-Freguesia. Chamados pelo autor do blogue um a um, ocupando o seu lugar, os quase sessenta lanhesenses confortavelmente instalados, malas aviadas nos porões do "Moche" (já entenderão o porquê deste epíteto), entre algumas bênçãos dos mais religiosos e muitos sorrisos de alegria, lá se iniciou a viagem!

 

A viagem estava a começar, a viagem não acaba nunca!

 

Foi tempo do autor do blogue, ocupando o lugar da frente, o pequeno e acanhado lugar para tão longas e escanzeladas pernas, de guia junto ao condutor da viatura, dar a todos as boas vindas, saudar os repetentes neste género de iniciativa que o SSVSA vai organizando e acarinhar as novas caras que se apresentaram para esta viagem, apresentar o passeio turístico e deixar no ar uma espécie de homenagem a um homem que em muito se preparou para esta aventura, mas que por motivos de índole pessoal relacionados com a perda para a vida de um familiar muito próximo, se viu assim impossibilitado de iniciar viagem no "Moche". Paraíso de Sousa em período de nojo pela morte de seu irmão foi amplamente sem que estivesse presente, saudado por todos!

 

O "Moche" entrava em plena EN202, seguindo o sentido Ponte de Lima, deixando para trás o belo casario da não menos bela Lanheses, para em breves minutos, entrar em plena autoestrada A4, seguindo o destino das verdejantes e altas terras de Fafe. Entre trocas de palavras dos viajantes da frente do autocarro lamentando as condições atmosféricas e a matinal dança de copos de Porto bem fino, dos alegres viajantes que ocupavam a parte traseira do "Moche", após deixar para trás a cidade de Braga e o berço do País, Guimarães; em breve se detinha o "Moche" por terras de Fafe, para que as bexigas mais sensíveis fossem aliviadas, o estômago aconchegado com algo de prazeirento, um café tomado e o cigarrito fumado, por aqueles muitos que ansiavam já o prazer de sentir entre lábios a chupeta que normalmente satisfaz ânsias mas que pode acabar por ser funesta...o autor do blogue, incluía-se neste grupo!

 

 

 

 

 

Agora entenderá o leitor o porquê do epíteto "Moche". Este foi o passeio "Moche"!

 

Mas a viagem continuava, a viagem tinha de continuar! Fazendo-se à estrada conduzido pelas mãos do simpático e divertido condutor Sr. Pedro Silva o homem de baixa estatura mas de ronco absurdamente vigoroso (risos), embora extremamente profissional, a frente do "Moche" apontava agora em sentido das terras de Vila Pouca de Aguiar, Arco de Baúlhe, para se dirigir a belas e "saborosas" (já entenderá o leitor o porquê, saborosas) terras de Mirandela! Por estes quilómetros de estrada fora, ouviram-se com prazer as primeiras cantorias, as primeiras historietas e anedotas que muitos dos viajantes a convite do viajante-mor foram cantando e contando durante a viagem ao microfone do "Moche".

 

 

 

 

 

 

 

Um aperitivo para o "Encantos da Primavera", a beleza das paisagens...

 

 

 

Helena Brandão, entoando com bela voz uma das muitas "modinhas" que entoou durante a passeio.

 

 

 

Sr. Fernando Cunha, uma das caras novas neste género de iniciativa, contando divertidas historietas que arrancaram longas gargalhadas a todos os viajantes. Ao lado o divertido condutor Sr. Pedro Silva.

 

 

 

Em breve o "Moche" se detinha em terras de Mirandela, o primeiro dos vários locais escolhidos pelo autor deste blogue e que seria inundada pela presença de numeroso grupo de viajantes, de lanhesenses, para observarem e visitarem os encantos desta bela localidade e deliciarem-se com a sua gastronomia típica. A palavra alheira tem algum significado para o amigo leitor? Ora bem, estávamos em terra de bom presunto, boas chouriças e bons chouriços e acima de tudo terra das melhores alheiras de Portugal! Muitos foram os que compraram produtos tradicionais do excelente fumeiro que se prova aqui por estes terras. Ora no fumeiro "Mira Flor" achando-se a proprietária inundada de alegres turistas ávidos pelo fumeiro e gastronomia locais, brindou os mesmos com um nobre gesto bem típico das gentes do norte, simples gente em postura mas gente grande em carácter, ao oferecer a provar a estes viajantes, suculentas e não menos saborosas, alheiras ali mesmo grelhadas em ardente chapa, perante todos! Mas que belo petisco! Servida estava a entrada para o almoço! E em breve se entrava no período de almoço! Mirandela revelou-se maravilhosa, simples embora cativante, aos olhos destes viajantes...e que humano olhar nunca perca da vista, vistoso mundo de paladares supremos! 

 

Belas lanhesenses, dúvidas não as há, mas mais belo que elas ainda, as paredes da "Mira Flor" recheadas de produtos de fumeiro!

 

 

 

 

 

Suculentas na chapa para todos provarem...isto sim é viajar!

 

 

Bela vista a deste guloso conjunto de violas...

 

 

Hummmm...deliciosas!!! Impossível resistir-lhes, às alheiras claro...(risos)!

 

 

Nem só de pão para a boca vive o Homem e satisfeitas algumas necessidades primárias atentando contra um dos sete pecados capitais, o da gula, perdoem a franqueza, como é neste caso tão deliciosamente bom pecar, era tempo de satisfazer as necessidades visuais e das matérias do espírito, visitando a beleza que Mirandela oferece a turísticos olhos, como os curiosos olhos destes viajantes. Mirandela é uma cidade trasmontana bem no interior de um país que aos poucos e poucos vai abandonando à sorte esta gentes, mas na qual se nota trabalho feito. E bem feito! Muito organizada, belíssima, com as suas pontes enquadradas com a paisagem e o repuxo que brota das águas do Tua que por aqui adquire contornos de uma beleza paisagística ímpar, quando interligado com a mão humana. Mirandela aos olhos do autor do blogue e aquem mira o Tua, assemelha-se a Genebra na Suíça. Sendo quase impossível esta não comparação...O seu casario típico de cidade, mas muito bem enquadrado com os prédios urbanos mais antigos, um belo edifício da Câmara Municipal jogando ao vento com a majestosa Igreja Paroquial, inseridos num promontório que os fazem destacar na malha urbana, conferindo-lhes ainda mais majestosidade! Mas por mais que o visitante se perca entre casario, casario não chega para ofuscar tremenda e gratificante beleza quando humanos olhos se detêm nas águas do Tua na sua antiga ponte, hoje em dia como em tantas outras localidades deste Portugal, encerradas e bem, ao trânsito e destinadas somente a percurso pedonal.

 

 

À entrada da antiga ponte sobre o Tua.

 

 

 

Tremendamente bela Mirandela...aos sempre comovidos olhos do autor do blogue, a Genebra de Portugal!

 

 

 

Clique na imagem para ampliar.

 

 

Idem.

 

 

Idem.

 

 

Um amor quer-se para sempre

levado nas asas da semântica

traduzido num rosto que entre,

a paisagem, nos revele sua forma romântica!

 

(do autor Sérgio Moreira)

 

 

Bela Mirandela, com o sol a restolhar!

 

 

Hora dos mais novinhos...(risos).

 

 

Hora de almoço. Mal vai o passeio que não é bem almoçado, assim como mal vão as cabeças daqueles que não sentem fome e entre os muitos que optaram por restaurante e os outros tantos que levaram farnel, o almoço foi degustado por Mirandela, a primeira paragem turística programada pelo autor do blogue, rumo ao Portugal abandonado...

 

Horas de diversão e horas de alegria, foram estas as que se viveram por Mirandela, quer antes do almoço, durante e depois do mesmo, até numa esplanada de café!

 

Os mais calmos e silenciosos...

 

 

Idem...

 

 

Agora o barulho...(risos).

 

HORA DO CAFÉ...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um pequenino pormenor...

 

 

Hummm...muito estáticos seria doença!?! Nãooo...(risos).

 

 

A comovida despedida a Mirandela...

 

 

Mirandela ficava para trás, era tempo de seguir viagem e como todos sabem e o autor do blogue não se cansa de repetir a viagem não termina nunca. Seguindo o verdejante curso do Rio Tua, entre margens pejadas de beleza, em silêncio, o autor do blogue agradeceu a Mirandela, agradeceu pela graciosidade com que esta que recebeu estes viajantes, na forma calorosa como os acolheu, com um sol de Junho magnífico e feliz se sentiu, por felizes rostos sentir, inundados em pura felicidade! A esta hora juntava-se a este grupo de viajantes conduzindo o seu automóvel, Paraíso de Sousa e sua esposa, que embora vivendo um período de dor e horas difíceis, como homem de palavra, conseguiu dirigir-se a Mirandela, encontrar estes viajantes, transformando-se ele e ela também, em dois viajantes viajando em busca do Portugal abandonado!

 

Calorosamente por todos foi saudado e ali proferiu discurso a condizer...

 

A viagem continua já, no próximo capítulo...