As fracas condições atmosféricas aliadas a uma conjuntura negativista de se ver e sentir a vida em tempos muito difíceis, entre outros aspectos menos importantes e que aqui não importam realçar, condicionaram e muito a afluência de público ao recinto das festas de 2013 e ao contrário de edições anteriores, no recinto festivo ontem à noite, a grande noite destas festas, até se circulava mais ou menos bem sem aquela confusão generalizada de povo, com muitos encontrões casuais à mistura, como costuma ser apanágio e imagem de marca desta festividade em honra do Sr. do Cruzeiro e das Necessidades na noite de Sábado.
Por certo algo vai mal no cartaz das festas e ouvindo as opiniões de muitos dos que afluíram ao adro da Igreja Paroquial, o autor do blogue concorda com esses que opinavam, em que talvez alguns aspectos ligados a esta festa tenham de ser, ou deveriam ser mudados...é só a opinião do autor do blogue, nada mais que isso, portanto terá a importância que cada um dos leitores achará necessário dar ou não!
Até na tasquinha da UDL, onde em outros anos quem desejava jantar o cabrito tinha, caso não marcasse mesa muito cedo, algumas boas horas de espera pela frente para se poder sentar e degustar tal petisco, imagem de marca desta aldeia em termos gastronómicos; tinha neste sábado mais que tempo e mesa disponível para saborear os prazeres da carne tal a diminuta afluência de famílias a este local.
À hora do jantar o recinto festivo mais parecia um campo abandonado, com muito poucas pessoas circulando por ali e quem detinha o protagonismo pelos piores motivos era o vento forte que se fazia sentir e um céu pejado de nuvens escuras numa ameaça premente de queda de chuva forte...outro aspecto negativo - a ausência de divertimentos populares que costumam fazer as delícias de muitos miúdos e mesmo de seus pais e que este ano nestas festas não existem!!!
Bem...não importa "bater no ceguinho" como se costuma apregoar na gíria popular, importa antes relatar que, com o passar das horas o recinto lá se foi compondo e uma moldura humana (longe, muito longe da que o autor do blogue já presenciou em edições anteriores) se foi compondo para assistir ao festival de Bandas de Música, e para ver também o já tradicional fogo de artifício e fogo preso.
À mesa na tasquinha da UDL...não há fotografias relatando toda uma alegria generalizada porque pura e simplesmente com a excepção de outra família, só o grupo de amigos do autor do blogue jantava...!
A noite de Sábado é também a noite em que o autor do blogue, acompanhado da sua esposa, aproveita para visitar o interior da Igreja Paroquial, admirar as estátuas dos Santos que desfilarão em procissão no Domingo de festas no topo de andores engalanados e pejados de belas flores, admirar as paredes e o altar-mor da Igreja Paroquial decorados a rigor; e mesmo que aos olhos do autor do blogue a religião nada diga, ou se lhe diz é por aspectos negativos aliados à errada concepção humana de ver o mundo como ele não o é, é sempre um prazer a humano olhar contemplar o divino algo engalanado, ao contrário de todos os outros dias do ano em que só se vê e sente dor, quando olhando as tais estátuas, mesmo que humanos olhos se detenham por vezes na dolorosa compleição das faces dos Santos em dias de festa por alguns breves instantes...
Santa Eulália, padroeira de Lanheses!
Tocavam já no palco, as Bandas de Música de Revelhe (Fafe) e da Trofa, com assistência numerosa assistindo e com o recinto mais composto de muito povo lanhesense e forasteiro que ali afluiu. Seguiu-se a tradicional sessão de fogo preso e de artifício, sob vento forte e um céu ainda mais escuro que o usual escuro da noite, bordado com nuvens de tamanho dantesco ameaçando queda de chuva, que felizmente e não estragando estes números importantes do cartaz festivo só se manifestou em catadupa quando a noite há muito já havia terminado e só os mais resistentes se deixavam restar pelas tascas convivendo com os amigos!
Despedida das Bandas de música e um adeus a este sábado de festas, que deixou no autor do blogue, alguns sentimentos contraditórios, de que algo faltou a uma noite que se queria muito animada...
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