sábado, 30 de novembro de 2013

A MORTE TEM PAIRADO NO AR.

A morte tem pairado no ar
muita gente ultimamente tem morrido
gente com quem o autor gostava de conversar
longas conversas que com esses tinha mantido!

As conversas terminaram
vozes que se calaram para sempre
corpos que em vida findaram
memórias que viverão assim entre,
o pensamento dos que cá permanecem
vivendo e chorando em tristeza
as mortes assim acontecem
pois são as tristes regras da natureza
o que nos poderá levar a pensar
que espírito e carne sendo um só
mais cedo ou mais tarde se irão findar
ambos se transformando em simples pó!

Somos um pobre nada e a vida dura poucos anos
desenganem-se os mais incautos,
errado é uma vida vivida de enganos
esqueçam as ridículas vozes dos arautos
das promessas que não serão cumpridas
o céu e o inferno prometidos
metas de felicidade atingidas
são aqui na Terra, bem ou mal vividos!

Aos poucos nos vamos apercebendo
sempre que morre um nosso amigo
que a vida que vamos vivendo
em breve se terá também ela extinguido.

Por isso é melhor aproveitar
enquanto cá vamos vivendo
de tudo um pouco experimentar
e deixar que a felicidade, feliz vá ocorrendo,
não deixando nada por fazer
não deixar algo que possa ter sido feito
a vida só é vida se houver prazer
este deverá ser o supremo conceito.

O autor assim se vai apercebendo
que meia vida já viveu
pelos muitos que da vida vão desaparecendo
por este e aquele amigo que já morreu.

Falta saber se meia vida
ainda mais vai viver
caso o seja, seja vivida
inundada em prazer!

Assim escrevendo vai afugentando
a terrível dor pela morte de alguém
que lhe é querido e vai amando
mas que vida nele cessará também...






















 
Um dia quando o Sol se aproximar
estando próxima a sua morte
tudo se irá findar
tudo acabará em trágica sorte.
 
E aí nada nem ninguém
jamais saberá que um dia existimos
lembrados não seremos também
nem os feitos que conseguimos.
 
Felizes os que morrem nestes tempos
pois são saudosamente lembrados
pobres os que morrerão quando mudarem os ventos
e pela morte do Sol serão queimados.
 
Jamais, enfim, serão lembrados...
 
 
(do autor Sérgio Moreira)

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