sábado, 18 de janeiro de 2014

MEU PADRINHO.

Habituei-me a crescer na sua companhia
por uns pais escolhido para meu padrinho
habituei-me a acompanhar, o seu sorriso, sua alegria,
quase todos estes setenta e cinco anos, desde miudinho!

Perpetuou o nome Loureiro
mesmo que na vida só filhas viesse a ter
ancestral família na Meadela da qual é herdeiro
nome que um dia com ele, irá para sempre adormecer!

Comove-se facilmente
apesar do ar resoluto
à mesa quer a família, boa gente,
no final imagem de marca, um bom charuto!

Os pais, as irmãs, tudo são quimeras
um quê de eterno, formosura,
nestas setenta e cinco primaveras
onde rainha foi a ternura!

Longe vão os tempos do rio, da Preguiça,
das manhãs de cana de pesca na mão
do bacalhau assado na brasa, muito vinho, muita chouriça
memórias que ficam no coração...

(...)

(...)

(...)

E foi assim que eu cresci
um pouco de tudo trago na memória
com ele esta vida alegre eu vivi
em verso aqui fica esta história!

Que ainda o veja muitos anos
pelas ruas da Meadela a passear
que o passar da vida não provoque muitos danos
e nas calmas veja, como sempre, o seu charuto a saborear...


(do autor Sérgio Moreira, certos versos foram omitidos, por tocarem matéria de intimidade familiar)

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