Por entre brumas e densos nevoeiros
estas florestas percorridas são,
por duendes, fadas e feiticeiros
que um olhar, apelando à imaginação,
os fazem como sendo verdadeiros!
Estes milhares de árvores sem fim
de um verde, amarelo, ocre e castanho
a pena fazem escrever assim
enormes em beleza, enormes em tamanho,
neste enorme e enevoado jardim.
Castelos de magia se erguem
por entre fragas de nebulado desejo,
cavaleiros em nobres lutas se peguem
montando, fabulosos corcéis em cortejo,
e com paixão à luta se entreguem.
Ali ao lado, mesmo ao lado ali,
encastelada aldeia de elfos estranhos
se ergue frondosa na bruma, vista dali,
gente de olhos e orelhas tamanhos
coisa que nunca na vida falar ouvi.
Lá no alto escura e fabulosa
entre neblinas e pingos de orvalho,
se ergue aldeia de pedra xistosa
fachadas compostas como manta de retalho
implantada numa encosta de forma espantosa.
E assim um simples olhar
num miradouro, efectuado de forma vã,
fez o poeta, tudo isto imaginar,
por entre brumas e a beleza, da serra da Lousã!
(do autor Sérgio Moreira)
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