sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

QUATRO TANGERINAS!

Um dia, enquanto pensativo, caminhando pelos seus jardins, Isaac Newton deu por si a reflectir sobre as forças gravitacionais, quando uma maçã se desprendeu da macieira que a suportava e só se deteve, caída, no chão. O resto, bem ,o resto já quase todos os leitores o sabem...Mas, o que importa para este texto é que foi  uma peça de fruta que levou a que se concluísse um dos mais importantes pensamentos científicos de sempre.

O mesmo aconteceu com o autor do blogue, hoje, quando ao almoço e para sobremesa, lhe serviram num simples e branco prato, quatro pequenas tangerinas, fruta que o mesmo autor aprecia, por vezes em demasia! 
À semelhança de Newton, (com as devidas distâncias como é óbvio e sem fazer qualquer tratado científico) estas peças de fruta levaram o autor do blogue a pensar o seguinte: que por vezes, comem mais os olhos que a boca e variadíssimas vezes, o que de mais apelativo nos parece ao olhar, torna-se na realidade, bem pior do que aquilo que menos aprazível, o mesmo olhar avaliou! Tudo no Universo existe através de uma relação causa/efeito e a verdade, tal como defendia Einstein, é mesmo essa, mesmo também, que a física quântica afirme precisamente o contrário; senão ora veja lá este exemplo amigo(a) leitor(a):

- Para sobremesa Sérgio?
- Tangerinas.
- Ena tantas tangerinas, logo quatro!
- É assim hoje, porque essas são um bocadinho secas!

Após esta afirmação, o autor do blogue, olhando para as quatro tangerinas colocadas no branco prato, automaticamente, ou, conscientemente, fez logo ali um juízo de valor e em virtude desse juízo de valor, começou por, depois de as colocar por ordem de grandeza decrescente, comer a que mais apetitosa lhe pareceu, a maior! Intragável! Seca, sem sabor, desprovida de qualquer qualidade! Continuando! A segunda maior, foi directamente para o branco prato, junto com as cascas suas e da prima que já lá morava, antes desta, a maior, ainda mais seca que a dita prima! Podia parar por ali, mas não parou! O autor do blogue descascou a terceira, pareceu-lhe péssima e a constatação veio a revelar-se verdadeira, insípida e sem qualquer sumo que a adocicasse! Lá foi parar também ao branco prato, junto com as demais primas e suas cascas que já lá moribundas estavam. Sobrava uma, por sinal a mais pequenina de todas, desprovida de qualquer beleza e atracção que ao olhar cometesse, mas, já que as outras tinham sido provadas, agora aquela, seria provada também! À primeira descascadela revelou-se polpuda, e nas descascadelas seguintes revelou-se toda ela uma fonte de alaranjado líquido, soberbo manjar para o sentido do paladar! Esta sim, era suculenta e doce, uma verdadeira tangerina, tal como as verdadeiras tangerinas devem ser! Não ficou moribunda no branco prato junto com as demais primas maiores e suas cascas, faleceu confortavelmente no estômago do autor do blogue, que lhe deu morte digna e desprovida de sofrimento!

Moral desta pequena história acontecida hoje enquanto o autor do blogue almoçava, prova mais que provada daquilo que acontece diariamente no incrível mundo dos seres humanos; nem sempre aquilo que maior e melhor parece ao olhar é bom, quando muitas vezes o que menos bom e menor se mostra ao olhar, se vem revelar de longe o melhor que pode o palato de cada um provar!

Prova da relação causa/efeito: se não tivesse sido avisado o autor do blogue talvez tivesse provado cada tangerina de modo aleatório e não as tivesse avaliado de modo a serem seleccionadas pela ordem que o fez, mesmo que chegasse à mesma conclusão, de que de todas, só uma é que era saborosa. Ou tivesse até talvez, só comido duas pequenas tangerinas. Mas como aconteceu essa afirmação verbal, o consciente do autor do blogue obrigou-o a um rigoroso processo de selecção de modo a chegar à referida conclusão e a provar as quatro. No universo, mesmo que a física quântica afirme o contrário, tudo ocorre do mesmo modo, deterministicamente. Como aconteceu hoje com o pensamento do autor do blogue, somos todos geridos por relações de causa/efeito e é a consciência que nos leva a ver e entender as mais variadas coisas, por vezes até, do modo como elas não são. 

Se não tivesse ocorrido aquela afirmação, se não tivesse sido despoletado o consciente do autor do blogue, se não tivessem ocorrido todas estas questões quanto ao valor de cada tangerina, este tópico não existiria e você também não o estaria a ler! É a consciência que gere as leis pelas quais se rege o ser humano, que faz parte do Universo, portanto, se pode concluir, que do mesmo modo que somos matéria do universo, o Universo é consciente


P.S.- Para justificar esta afirmação o autor do blogue precisaria de um tópico gigantesco, que não vai fazer, mas deixa aqui a sugestão; pesquise o leitor, se é que lhe interessa, sobre física determinista e física quântica (ALBERT EINSTEN/ NIELS BOHR) e, começará a explorar um dos mais fantásticos mistérios de todos, o mistérios da história da vida, da história do Universo, o que somos e o nos que governa, aquilo que nos regula! 

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