quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

OSLO TÃO BELA E DE NÓS, TÃO DIFERENTE! (1)

O autor do blogue poderia ter escrito este tópico em Oslo, no confortável e quente quarto do hotel, mas preferiu não o fazer, por preguiça talvez, é certo, e também por falta de privacidade, porque sempre que o autor do blogue escreve tem preferência por estar só, não estando na altura e, sobretudo, porque esta era uma pausa, uma espécie de mini-break, e foi-o na verdadeira acepção da palavra! Certo também é que as palavras não lhe saíam e optou por não escrever, nem tão pouco o tentou!

Mas seria no mínimo ingrato para com uma cidade que o recebeu tão bem, que o autor do blogue não escrevesse nada sobre essa mesma cidade, que há já muitos anos fascinava a mente de quem estas linhas escreve e para quem quão enorme era o desejo em visitá-la! O desejo transformou-se em vontade e a vontade concretizou-se fisicamente neste época festiva relacionada com o Carnaval, quando os motivos para passá-la em Lanheses eram poucos ou nenhuns (como tudo na vida muda em tão poucos 365 dias) e, aproveitando toda esta conjugação de factores, o autor do blogue viajou até Oslo na companhia da sua esposa e companheira de aventuras, quer para namorar, quer para aprender e para conhecer o desconhecido!

Poderão muitos dos leitores achar este tópico e próximos desinteressantes, poderão outros achá-lo, no mínimo, proveitoso; o autor do blogue acho-o importante porque o blogue aos poucos vai-se transformando numa espécie de diário onde o seu autor vai anotando vários momentos da sua vida, momentos que a mesma vão marcando. Este é um deles!

Oslo deixou fascinado quem estas linhas escreve!

O blogue cada vez mais deixa de estar confinado a Lanheses e ao que nela vai ocorrendo, facto que o autor do blogue antevia com a criação do mesmo e sabia, mais cedo ou mais tarde, iria ocorrer! Está ocorrendo nestes tempos, quase quatro anos depois da sua criação! Não que Lanheses se esgote, pois Lanheses nunca se esgotará, mas esgotam-se as pessoas e consequentemente esgotam-se as relações entre elas e importa realçar que com este blogue o seu autor deseja é todos os dias continuar a escrever, passatempo que lhe dá tanto prazer na vida e de que adianta a vida sem prazeres? Nada!

Voltando a Oslo à Noruega...

A primeira e fantástica impressão é a de que quando o avião baixa em altitude e atravessa o espesso manto de cinzentas nuvens, a poucos quilómetros de altitude, pode o olhar do viajante ver uma Noruega tão bela, tão imaculadamente branca pelo extenso e não menos espesso manto de neve que a cobre. 
Logo em seguida, pés bem assentes no chão, abrindo-se as portas do aeroporto e uma vez no exterior e chegados aos pulmões os primeiros litros de oxigénio inspirados, chega também a constatação de um clima e de temperaturas a que todos os latinos(as) não estão habituados...Frio, muito frio, como nunca sentido em Portugal!













Do aeroporto até Oslo são cerca de quarenta quilómetros de distância! Assim o acharam os decisores políticos  e assim muito bem o executaram, implantando a grande distância o maior aeroporto que serve todos os voos internacionais e nacionais de, e para Oslo e de, e para a Noruega! A justificação, que decisores latinos jamais se atreveriam a pôr em prática, curvados perante o poderio económico de banqueiros e grandes construtores civis, foi a de erradicar para bem longe da cidade capital do país toda a poluição quer sonora, quer ambiental, intrinsecamente inerente a este género de construção, quando em funcionamento. Na mente do autor do blogue, decisão mais que acertada. Basta para tal ver o exemplo nacional quando se aterra nos aeroportos quer em Lisboa, quer no Porto, assim como noutras localidades europeias, com o avião e toda a poluição a ele inerente a sobrevoar e a rasar (quase criminosamente) as moradias de quem habita nas proximidades do aeroporto! 

Mas se na Noruega a distância entre a capital e o aeroporto que a serve é enorme, muito pragmaticamente os mesmos decisores noruegueses a combateram, dotando o aeroporto de uma mais que ampla e muito servil rede de transportes públicos, da qual o autor do blogue destaca o comboio em detrimento do autocarro e do táxi, pois o preço deste último chega facilmente a uma verdadeira fortuna, quando percorridos quarenta quilómetros! Pode a pequena/grande viagem ficar numa média de 180€ só a ida!!! E acima de tudo, dinheiro para os noruegueses não é problema! Acredite amigo leitor(a)! Por isto nos sites da especialidade, turisticamente falando, não são oferecidos transfers de e para o aeroporto norueguês! Imagine o leitor a pequena fortuna a desembolsar nesta viagem, imagine também em duas, numa ida e volta, ao autor do blogue sugeriram um espantoso preço de 362€ pelas duas!!!! 

- Comboio! Decisão tomada.

Comprados os bilhetes para dois, numas maquinetas de simples utilização, só precisa de estar munido de um Visa Electron ou de um qualquer cartão de crédito ou então de dinheiro, 360 Coroas Norueguesas, o equivalente a quase 42€, 8.400$00 (oito mil e quatrocentos escudos) na  moeda antiga, faz-se a ligação do aeroporto ao centro da cidade em apenas vinte minutos!!! No subsolo do aeroporto funciona a rede de caminho de ferro, basta seguir as indicações e em breve se encontra o viajante na estação sob o aeroporto! Tudo muito engenhosamente bem engendrado e projectado pela engenharia norueguesa! Comboio rápido, moderno, confortável, com avisos a gravada voz feminina das paragens a efectuar e um fabuloso AC bem caloroso, alcança o viajante em vinte minutos, Oslo, pronta para ser desbravada e descobrir todos os seus encantos, que refira-se, são inúmeros!


Tomadas eléctricas na parede do comboio para quem deseje carregar, por exemplo, o telemóvel, "norueguices"! 




















Chegada a Oslo.

Depois de abandonar o comboio, deixar para trás a estação de comboios e caminhar os primeiros minutos pelas ruas e avenidas de Oslo até ao hotel bem próximo da mesma, fazer o check in, ocupar e deixar as malas no quarto de hotel, voltando de novo à rua, é tempo de digerir todo um manancial de sensações quer visuais, quer olfactivas, com a cidade capital do país dos antigos vikings a mostrar-se fria, no entanto serena e dona de uma beleza nórdica tão tipicamente escandinava, que logo ali cativa e faz apaixonar o viajante! 

No próximo tópico, o autor do blogue escreverá sobre isso. 


2 comentários:

  1. ..."a cidade capital do país dos antigos vikings"...isto só é verdade em parte. Acho que isto foi-te impingido em Oslo.

    Os Vikings estavam divididos basicamente em 3 grupos. Os actuais Dinamarqueses, Suecos e Noruegueses. Cada um tinha uma cidade considerada capital. Aliás os Vikings mais importantes foram os Dinamarqueses e não os Noruegueses ou Suecos.

    Com a chegada ao poder de Ragnar Lothbrok e durante o seu reinado, os Dinamarqueses foram reis e senhores da Escandinávia e por isso a Noruega e a Suécia foram territórios Dinamarqueses durante séculos, até cerca de 1530.

    A diferença entre os 3 “grupos” de Vikings estavam essencialmente na área que actuavam.
    Os Dinamarqueses foram os primeiros a abrir caminho, com a navegação primeiramente até a Inglaterra e depois a chegarem tao longe como aos actuais Canada e Estados Unidos, 500 anos antes de Colombo!!! Afinal quem descobrir a América?
    Posteriormente os Dinamarqueses chegaram a Istambul, ao mar Cáspio, ao mar Negro, e sim fazendo "raids" em Espanha e Portugal.
    Os Noruegueses iam basicamente a Islândia e América do Norte. Por fim os Suecos, que se concentravam essencialmente no mar Báltico.

    Provas desse glorioso tempo são os museus com barcos Vikings. Existem vários museus deste tipo nos 3 países, mas o mais importante é o museu de barcos Vikings em Roskilde, Dinamarca, onde estão 5 barcos com mais de 1000 anos.

    Quanto ao frio que te referes, já vi que não acreditas quando digo que o que sentiste foi apenas uma brisa fresca a rondar os 0ºC!!!
    Quando estiverem -23ºC e vento, o que faz com que sintas no teu corpo -40ºC, então poderás falar de frio… por enquanto não sabes nada disso ;) Nem imaginas!

    Fico a espera de novas crónicas da tua viagem, e cá estarei para fazer pequenas correcções se não for inconveniente, ou sou?

    Para finalizar não fiques escandalizado com os preços dos transportes públicos. Apenas os turistas pagam por inteiro esses valores.
    Caso trabalhes a mais de 20 km de casa (distancia total de ida e volta) o estado paga-te o transporte. Mesmo que leves o teu carro o estado paga-te. Ou melhor não paga, mas deduz-te muitíssimo na tua carga fiscal. E “paga” muito mais do que gastamos. Por isso o transporte é a borla, a não ser quando também fazemos turismo cá dentro.

    Um abraço,
    Eduardo

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    1. Caro Eduardo, quando falo no "país dos antigos vikings", refiro-me ao país que visitei, não esquecendo no entanto a importância da Dinamarca e seus povos na história da Escandinávia, a qual até conheço muito bem!

      Quanto ao clima não menosprezei o que me disseste e aconselhaste, apenas refiro o vento cortante e o frio que senti e ao qual não estou nada estou habituado. E por não estar habituado comento como comentei a "leve brisa" que senti em Oslo! Imagino com 20 graus negativos! Uma tarde houve em que estava no Castelo e vim corrido de lá por causa do vento, até as pernas se enregelaram! Nunca tinha sentido algo assim! Kkk

      Obrigado pelas considerações históricas que dás no teu comentário. E quanto aos transportes públicos, do aeroporto até ao centro de Oslo, o que considero é que o preço é uma verdadeira fortuna, por isso optei pelo FLYTOGET TRAIN bastante mais em conta para os bolsos de um turista, especialmente quando esse turista vem de um país como Portugal. Taxi em Oslo, estava fora de questão, os restantes transportes como o TRAM TRAIN ou os BUS eram em conta! Tu melhor que ninguém podes fazer comparações, pois vives entre dois mundos completamente distintos, Escandinávia/Europa Latina. Ainda bem que o estado vos ajuda.

      Para finalizar, um amigo nunca é inconveniente, comenta sempre que o desejes e claro neste ponto em particular com o profundo conhecimento que tens, dado que vives na Dinamarca

      Até ao teu próximo comentário ou então até um dia numa rua de Copenhaga com uma temperatura amena de -30 graus! Acho que morria! Kkk

      Abraço amigo

      Sérgio

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