Sou aquele ser
que não ata nem desata
neste sitio a permanecer
folhas a cair em cascata!
Não tenho voz nem falo
e os braços anualmente me cortam
nem se importam se me ralo
e os mesmos amputados, depois entortam!
Não sirvo nada nem ninguém
em altura ninguém me ombra
sou a delícia de alguém
quando se abriga à minha sombra!
Dou oxigénio a respirar
portanto, sou fonte de vida,
importante é respeitar
quem nesta praça se vê mantida!
Mesmo torta e amputada
vidas, diariamente vejo passar,
mais tristes que a minha malfadada
vida, de aqui fixa nesta praça restar!
Por isso fico feliz
ao com outras, a minha vida comparar,
é que nos meus braços de verniz
bom, é quando um passarinho pousa e me vem chilrear...
(do autor Sérgio Moreira)
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