domingo, 5 de abril de 2015

DOMINGO DE PÁSCOA

Acorda cedo o autor do blogue, como há quarenta anos vem cedo acordando, neste dia tão especial! Este ano, talvez primeiro de muitos, um acordar em tudo diferente!

Não acorda, quem estas linhas escreve, ao som do troar do rebentamento de salvas de morteiros no ar, quem nem tem uma toilette nova para estrear, o Sol que banha este grande envidraçado que o separa do exterior, não é o mesmo Sol que banha Viana e Lanheses, como se possível fosse, que o Sol o mesmo não fosse. Troca-se a visão do casario da aldeia pela visão agradável do Mediterrâneo que vai despertando para mais um dia, 

Talvez este Domingo de Páscoa, seja o primeiro de muitos, em tudo diferente daqueles que durante quarenta anos viveu, ou talvez seja também, o primeiro de poucos, no entanto, diferente é pois um vazio enorme se originou com o desaparecimento de duas pedras basilares da família e que ao autor do blogue, tal como todo o colorido associado à festa da Páscoa, muita falta fazem! 

Fugiu à Páscoa, quem na Páscoa não quer pensar, quem em tempos de Páscoa não quer lembrar, quem partiu e impossibilitado em ressuscitar, colorido à festa da Páscoa não venha dar!




O motivo, como referido em tópico anterior, e que leva a um curto exílio está expresso na imagem acima postada; talvez a festa da Páscoa venha um dia a ser feliz e alegre de novo, talvez nunca mais o venha a ser, inesquecível no entanto, são todas as páscoas vividas na presença destas duas pedras basilares da família!

Fumando um cigarro virado para o Mediterrâneo, cerrando os olhos, o autor do blogue pensa no que vai acontecendo por Lanheses e pela sua Meadela natal, imagina uma Páscoa feliz colorida e soando a alegria. Os foguetes troando no ar, o compasso pascal percorrendo as ruas da aldeia, grupos de gentes perseguindo-o, trocando sorrisos e abraços de felicidade...

Não mais fugirá, o autor do blogue, à festa da Páscoa! Abre os olhos, o mediterrâneo continua ali...


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